quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lados opostos

A soleira da janela, é encosto ao corpo cansado
Neblina no peito, condensada dor e letargia
A beleza estoteante do horizonte alaranjado
Era só evidencia de mais uma noite em claro

E num tempo que tem pressa, a noite se alonga
Trazendo na quietude, a sensação de abandono
Do outro lado da cidade, quem a vida prolonga
Sorri, e diz que dessa lado, um anjo vela o sono

Anjo...que queria o poder de ninar toda a dor
Cuja fé vacilante, hoje o faz impotente e vão
Camufla num sorriso o frio alojado no coração

Porque nem todo dia a alma é leve, e tudo é flor
Nem todo dia se consegue flutuar como pluma
Nem todo dia o sol faz dissipar a densa bruma...

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