domingo, 25 de outubro de 2009

A espera

Surgem barcos no horizonte.
A saudade nos olhos sobeja
Da mulher apoiada na ponte
À espera de quem muito deseja.



Sua sombra projetada n’água
Tremula qual solitário pavilhão
Açoitado pelos ventos da mágoa
Abrigada em seu coração.



Lembra de um tempo distante
E voltar, ardentemente, deseja.
Olha o mar e num passo hesitante,
Curva-se para que sua alma veja



O rosto que tem no pensamento,
Refletido no espelho do oceano.
Por um instante, alivia o tormento,
Aumentado a cada ano



Quando em dia e hora marcados,
Da tardinha ao surgir do arrebol,
Espera com suspiros angustiados
Que ele venha com o sol



No seu barco azul como o céu
Levado pelas deidades do mar.
E pondo na cabeça o negro véu
Deita-se para cantar.

sábado, 24 de outubro de 2009

Amor proibido (?)

Antes de morrer queria muito viver
Um exuberante amor proibido,
Daqueles que ninguém haja tido
Para sentir nas veias correr



O sangue, tal qual a lava dum vulcão,
Queimando tudo, deixando só brasas.
Um amor que me transporte em suas asas,
Que não confesse que o seu coração



A outro amor há muito tempo pertence.
Mesmo assim, entregar-me-ia sem pensar,
Porque nada me impede de sonhar,
Como um bufão sob a lona circense,



No palco, onde seu encanto o transfigura,
Ao lembrar a mulher do seu passado
Que o fazia sentir-se feliz, amado,
Esconde a dor que no peito perdura.



Antes de morrer queria muito viver
Esse amor que causa tanta ansiedade
Que é antítese da felicidade,
Fonte do prazer e do muito sofrer.

Janela para o mar

Eis-me aqui, novamente,

Nesta janela para o mar

Olhando a tarde que se desfaz,

Na cantilena dos pássaros.

Tenho encantados os olhos

Com tanta graça e grandeza

Do dia virando noite,

Das luzes se acendendo

Nas janelas do casario,

Onde as pessoas se recolhem

Para o merecido descanso.

Coaxam sapos distantes

Cricrilam grilos brilhantes,

Salpicando com sua luz

O manto escuro da noite,

Fazendo-me sentir como é bom

Estar viva a cada dia;

Entender que a morte

É duro encargo que trazemos

A partir da concepção.

É essa certeza que faz os meus olhos

Ávidos por cenas pintadas

Na tela da natureza,

E incerta na minha voz uma prece

À inteligencia criadora

De tudo que há no universo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


A Terapia Ocupacional é caracterizada pelo tratamento através de atividades. Estas sendo aplicadas de maneira direta ou indireta, física ou mental, ativa ou passiva, preventiva, corretiva ou adaptativa. As mesmas são relacionadas às necessidades terapêuticas, pessoais, sociais e culturais do cliente, refletindo os fatores ambientais que influenciam sua vida.

Terapeutas Ocupacionais trabalham com déficits físicos, mentais (transtornos psíquicos e cognitivos) e sociais; ou seja, com tudo que dificulte ou ameace a funcionalidade do homem (criança, adulto ou idoso), para que este não seja excluído da sociedade, ou seja, a Terapia Ocupacional é o tratamento das condições físicas, mentais e sociais, através de atividades específicas para ajudar as pessoas a alcançarem seu nível máximo de funcionalidade e independência.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


E os três sorrisos juntos se perpetuarão...

"HAHA
Poxa, tomara que ela comece logo a beber cachaça, pra gente ficar assim, PORRONAS.

Ê!
Somos felizes!
êEEÊÊÊEÊêÊE^!"


Nunca quis tanto nós três tão juntas
(:

Das Montanhas

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Fred: Continua! continua!

...Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?

"Agora, agora!"

MEU AMOR CADE VOCÊ?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

"de novo, de novo!"

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
"aquela parte, aquela parte!"

MEU AMOOOOR, CADÊ VOCÊ? EU ACORDEI, NÃO TEM NINGUÉM AO LADO!

"CONTINUA, CONTINUA!"

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...


Guys, obrigada pelas montanhas. :)

domingo, 4 de outubro de 2009

Apenas um "adentro" exposto


(...)
Sobram tantas meias verdades que
guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos que nem me
protejo mais
Sobra tanto espaço dentro do
abraço
Falta tanta coisa pra dizer que
nunca consigo...

A Lua


Na varanda onde o ar anda depressa

Vai embora na conversa

Nossa pressa de ficar

Na varanda onde a flor se arremessa

Onde o vento prega peça

Nos traz festa pelo ar

Na varanda a criança se debruça

Mãe, menina ainda fuça

Nos cabelos pra ninar

Na varanda onde a lua se levanta

Nossa rede se balança

Serenata pra acordar

Joga a trança busca o chão e não o céu

Qual barquinho de papel sonha ir de encontro ao mar

Joga a trança... E a noite vem sendo o descanso do sol

E a ponte vem sendo a distancia de quem tá só

Um sol Com a cabeça na lua

A lua que gira, que gira, que gira...

E a noite.... Um sol com a cabeça na lua

A lua que gira, que gira, que girassol